25 julho 2014
Olá Docinhos!
Lembram de minzinha?!
Sou a Lara Laranja, colunista aqui do Blog!
Apareci uma vez prometendo trazer coisas engraçadas, mas tive que fazer uma viagem de emergência para a Terra do Nunca e demorei para voltar...
Mas também... Se algum de vocês viajasse para lá, não ia querer voltar nunca mais!
Então mãos a obra!
Este texto eu recebi por e-mail e então não sei quem é o autor (se souberem me avisem para eu dar os créditos!), acho que muita gente já recebeu também, mas é tão engraçado que vale a pena compartilhar!
Diário de Uma Perereca Depilada
"Tenta sim. Vai ficar lindo."
Foi assim que decidi, por livre e
espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram
que eu ia me sentir dez quilos mais leve, mas acho que pentelho não pesa
tanto assim.
Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.
Eu imaginava que ia doer porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.
Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou
o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves porque sabia lá o
que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique.
Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.
Pediu
que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da
sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e
do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos,
conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue.
Já
senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis
que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei
a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a
Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma
mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura.
Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça.
Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De
repente, ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o
que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a
cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- É... é, isso.
- É... é, isso.
Penélope, então, deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco, senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia p-o-r-r-a nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.
De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação.
E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem.
Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca.
Não
tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até
procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar
para o Samu.
Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.
O
processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar
Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e
imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.
Todas recomendam a todas porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação. Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali.
Cerrei
os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me
teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blá-blá-blás ouvi a
palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada.
Senti
cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos
resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o
motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci a Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive
vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de
cara para ele, o "olho que nada vê". Quantos haviam visto, à luz do dia,
aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na
cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à
noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o fiofó de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks.
Não
sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.
Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha
situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me
veio o pensamento: Péraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o
questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda
embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com
certeza não havia nem uma preguinha mais pra contar a história. Mordia o
travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos,
preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porraaaa..
Por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a
bandinha. E então, piora. A bruaca da salinha do lado novamente abre a
cortina.
- Penélope empresta um chumaço de algodão?
Apenas
uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha
demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém
ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a
vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pelo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram
dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala
isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma
total redenção.
Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança.
Admito
que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava
demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer
peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei
antidepilação cavada e matar o primeiro homem que ver e não comentar
absolutamente nada.!!! Não fiz nada disso... Um mês depois...
- Normal ou cavada?
Coisas de perereca, vai entender...
Marcadores:Laranjada de Abobrinha
1 Comentários
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Amilgaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirSério que a Lara Laranja voltou e tu nem me contoooooouuuu?!!!!!
Tu já tinha me mandado essa, é muito engraçada, mas tive que ler de novo com as imagens haha, ficou tri!
Adorei a postagem, adorei a Lara Laranja mais fofa do mundoo *--------*
Beijokinhas s2